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sábado, 27 de junho de 2009

Canções fora-da-lei?

"Dos Rolling Stones a Elizeth Cardoso, diversos artistas citam drogas em suas interpretações"

Apesar dos riscos à saúde serem evidentes, tem gente por aí que continua deitando e rolando no mundo das drogas. Segundo um estudo realizado no Brasil recentemente, 24,7% dos jovens entre 10 e 17 anos já experimentaram algum tipo de entorpecente.

E o pior: os números alarmantes não intimidam músicos que investem em hits que fazem apologias a qualquer tipo de agente químico, incluindo álcool, anfetaminas, maconha, ácido e até cocaína. Na listinha dos "fora-da-lei", encontra-se nomes como The Beatles, Eric Clapton, Rita Lee, Raul Seixas, e até Elizeth Cardoso.

Desde os hippies

Nos anos 60 e 70, as drogas eram parte do movimento hippie, que fervia em festivais como Woodstock. Portanto, escrever melodias sobre entorpecentes era corriqueiro e até certo ponto, necessário para manter viva a legião de fãs. Foi nessa época que o Rolling Stones mostrou Brown Sugar - gíria para a heroína -, e Mother´s Little Helper - que aborda tranquilizantes.

Aproveitando o embalo dos dinossauros do rock, Eric Clapton trouxe versos do tipo: "Se você quer matar o tempo, tem de arranjá-la; cocaína / Se você quer ficar deprimido, arrasado no chão; cocaína / Ela não mente, ela não mente, ela não mente; cocaína", integrantes do hit Cocaine, um hino sobre a droga. Os garotos de Liverpool, os Beatles, também entraram na onda e apresentaram Lucy in the Sky with Diamonds, clássico que trazia o LSD à tona.

Janis Joplin é outra que integra a lista. A artista ficou famosa por gravar Mary Jane, carinhoso nome dado à maconha, uma de suas drogas prediletas. A cantora morreu de overdose de heroína em 4 de outubro de 1970, com apenas 27 anos. Seguidores da moda "músicos e drogas", o Guns n´ Roses soltou Mr. Brownstone - sobre heroína. E Marlyn Manson arrebatou o mundo com "I don´t like the drugs but the drugs like me", ou seja, "Eu não gosto das drogas, mas elas gostam de mim".

A onda brasileira

Os artistas brasileiros também não fugiram do modismo. Em, Puro Êxtase do Barão Vermelho, por exemplo, a música representou uma tentativa do grupo carioca de aderir à onda clubber, com sua referência explícita à droga das baladas, o ecstasy. Mas por aqui, o desejo por agentes químicos em música já é antigo. Elizeth Cardoso que o diga. Em uma de suas interpretações ela soltou "eu bebo sim, estou vivendo, tem gente que não bebe está morrendo", versos da canção Eu Bebo Sim.

Considerado o hino da dor-de-cotovelo e do deboche que menospreza a opinião alheia e afirma: "se eu quiser fumar, eu fumo, se eu quiser beber, eu bebo, não me interessa mais ninguém", Lama, interpretado por Maria Bethânia, também não pode faltar nas paradas, assim como Moda da Pinga com Inezita Barroso, no qual ela escracha a chamada "marvada".

Já a pop Fernanda Abreu preferiu investir em uma história inusitada que envolve muita maconha. Na melodia Veneno da Lata, ela recorda o episódio ocorrido em 1987, quando milhares de latas da erva foram chegaram ao litoral brasileiro entre o Espírito Santo e Santa Catarina. A carga era levada pelo navio Solana Star e foi despejada no mar depois que os tripulantes da embarcação foram avisados de que a polícia costeira iria interceptá-los. Quando o policiamento chegou, apenas o cozinheiro estava a bordo. O episódio deu origem à expressão "da lata", utilizada para designar a maconha.

Em 1980, Rita Lee estourou nas paradas com Lança Perfume, que chegou a ganhar versão em francês e inglês. A letra mistura lança perfume com brincadeiras eróticas quase inocentes: "vem cá, neném, só sossego com beijinho, vê se me dá o prazer de ter prazer contigo". Raul Seixas também tentou disfarçar, mas no refrão de Como Vovó Já Dizia, soltou "quem não tem colírio, usa óculos escuro".

Fonte: Yahoo

Mas até onde são consideradas "fora-da-lei"? Cantá-las é uma coisa, mas isso não significa que todos os que escutam precisam usar a droga que é citada, cada um tem a noção do que está fazendo, não é uma música que vai fazer diferença.

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